segunda-feira, 20 de julho de 2009

Eu também acredito na mudança!

Um dia destes, estava eu numa reunião e fui apresentada a várias pessoas que ocupam cargos importantes em instituições bem conhecidas da cidade. Cheguei no meio de uma conversa a respeito da água. Estávamos eu, uma senhora e um senhor, ambos de meia idade. O senhor falava: “não tem outro jeito, é preciso pensar em soluções para resolver o problema da água em Caçador”. Pensei: Que bom! Terei assunto pra conversar! O senhor continuou dizendo “não adianta os ambientalistas serem contra, mas a prefeitura terá que construir barragens, nem que cause grande destruição. Não há outra solução.” Respirei fundo e disse: “Acredito que há outras soluções, sim, como apoiar e incentivar as famílias a coletarem a água da chuva em seus telhados e terrenos pra que tenham água pra consumo próprio sem precisar fazer grandes destruições”. Mas ele mudou de assunto e seguiu dizendo, entre outras coisas que me assustaram (afinal é um cidadão caçadorense que pode servir como referência a várias pessoas): “Na minha rua nós trabalhamos a questão da coleta seletiva e das vinte residências apenas cinco começaram a separar o lixo. Outro exemplo, de uma turma de quarenta universitários apenas doze conseguem se formar. Não adianta, é muito difícil fazer as pessoas terem consciência de que é preciso mudar de atitude.”
A senhora até falou: ”Eu acredito na mudança sim! Veja a questão do cinto de segurança. No começo eu não gostava de usar, mas de tanto ouvir “use o cinto, é pra sua segurança”, agora não consigo nem sair da garagem sem usá-lo”. Porém, o senhor continuou insistindo: “não adianta, de dez pessoas apenas uma tem vontade de mudar”.
Cansada, fui pra casa pensando na discussão e me vieram algumas indagações: Digamos que o senhor estivesse certo a respeito dos números que apresentou. Que apenas cinco pessoas de uma rua reciclam lixo e que apenas doze universitários saem da faculdade como futuros bons profissionais.
Sendo assim, será que devemos parar com a coleta seletiva ou devemos trabalhar mais na educação das pessoas através de campanhas e informativos? Será que devemos fechar as universidades já que tão poucos alunos aproveitam, ou devemos criam programas de incentivo aos estudantes?
Eu também acredito na mudança! Mas na mudança gradual, lenta. Nenhuma mudança radical é saudável e dura muito tempo. É preciso pensar que pequenas atitudes fazem a diferença. E que estas atitudes devem se tornar hábitos. E pra isso só a prática! Só assim a mudança começará a acontecer. E isso deve começar hoje, não mais pensando nos nossos netos, mas nos nossos filhos, tão séria está a situação ambiental do nosso planeta. Como estará o planeta daqui a 30, 40 anos? Depende de mim, de você, de todos nós. Quem ainda não começou, comece já!
Kátia Ribeiro Fuchs
Consultora em Bioconstrução e Permacultura
rkatia79@gmail.com

2 comentários:

Eco-casa e Eco-trabalho disse...

Repensar é a solução. Não tem que pensar em netos ou filhos. Tem que pensar na gente, no agora. Não gosto de ver desperdicio, não gosto de ver a natureza suja ou degradada. Então mudo minhas atitudes para que eu tenha uma vida melhor e assim também vou tornar melhor a vida dos que vem depois de mim. Isto é a educação, higiene e conciencia que qualquer ser humano deve ter.
Não se deve desistir de mudar o mundo, tem que sempre estar alerta e sempre fazer a nossa parte com todo amor e carinho.
beijos mil

Getúlio Moreira disse...

Pois é.... Mudar é preciso, é trabalhoso.....Estamos vendo a degradação dos ambientes. Seca no pantanal....gafanhotos ali....Já consigo reaproveitar sacolas plásticas (supermercado, sacolão, etc).
Sou da cidade de Corinto-MG. Há 36 anos passados, meus familiares pescavam peixes que pesavam em média 11 quilos no Rio das Velhas distante 24 quilômetros da cidade.
Hoje......os ribeirinhos não usam a água para beber....Estamos esperando o quê? Cadê você jovem estudante. Conclamo-vos para a guerra em favor da natureza. CONSCIENTIZAR. DIVULGAR. UNAMO-NOS EM PROL DE FUTURO MELHOR.
EU TAMBÉM ACREDITO NA MUDANÇA.